segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A NATUREZA PRODUZ MIL E UM ESTADOS MUSICAIS

A NATUREZA PRODUZ MIL E UM ESTADOS MUSICAIS

Pilar Casagrande

Em determinados momentos da vida, nós nos perguntamos por que será que determinadas coisas não estão ocorrendo conforme gostaríamos que estivessem?

Em determinados momentos nos perguntamos por que certos sentimentos invadem nosso campo pessoal?

Em um congestionamento na cidade, repleta de pessoas ao redor; ao sintonizar uma estação de rádio e ao ouvir a música “Sempre no meu coração” notei os tons da lógica na realidade.

No congestionamento com outras pessoas que possuem palpites, valores, gostos e olhares diversos, o espírito aguçado toca no fundo da percepção crítica ao movimentar nossa direção para determinadas melodias...

Ninguém é igual a um outro alguém, no entanto, os sentimentos sempre se encontram mais à vontade com aqueles que reforçam nossas “canções” através do processo de identificação alguns até se perdem nas tentativas de imitar os passos de dança do bom e velho bandido ou dos “super-heróis” e que transitam com capas escuras ou esbranquiçadas dentro de cada um de nós, neste trafego contínuo de sons dividindo o momento da saída de luz para ver a tonalidade do céu no final do túnel com suas relativas observações e expectativas.

De certo modo é cômodo e até mesmo relaxante o encontro com os afins, entretanto, se não apreciamos o conjunto musical KWP, que direito teríamos em pichar com aquele “gostinho infantil” o sujeito ao lado que sintoniza o rádio noutra estação?

Como nos sentiríamos se uma pessoa surgisse do nada e viesse com o intuito de quebrar nosso radinho?

A natureza produz mil e um estados musicais. Estamos soltos dentro de escalas musicais; ao mesmo tempo em que um exemplifica a impaciência outro mede o grau da capacidade de aprender a se cultivar mais uma dose de paciência.

Exemplos de atitudes de mau ou bom caráter podem avaliar o rumo de nossas definições: como anda nossa percepção em relação aos limites e a liberdade, com vai a tomada nas decisões dentro do espaço do planejar, a força de nosso espírito para acionar ações nobres ou não, as construções reais com ou sem movimento?

Poderia haver alguém neste congestionamento que não utiliza nenhuma máscara, nem bandido, nem mocinho com uma capa acinzentada e um coração multicolorido?

Da mesma maneira que música nos desperta sensações, as palavras têm maior valor quando sentidas na pele.

Quais são as letras de música que alimentam a alma do dia a dia na mesa que situa os processos de supressão ou aquisição para o equilíbrio da nossa energia projetando o que há em nosso interior nos motivando ao reconhecimento de nosso autoconhecimento que nos impulsionará às mudanças? Nem todos estão preocupados com estes pontos!

Andando em um automóvel ou a pé pelo acostamento, encontramos músicas de todos os tipos que nos jogam para baixo ou reavivam nosso ânimo, em determinado instante uma música nos chama mais a atenção (um amigo pode estar junto conosco e o solo passa ter um acompanhamento). Pode haver uma árvore, neste fim da tarde, diferentes pássaros reunidos (bem-te-vis “conversam” tão somente com outros “bem-te-vis”? No meio de sabiás, tico-ticos, pardais, araras, sanhaços) ecos repercutem, conforme as necessidades e as sintonias.

Podemos nos questionar o que dá vida ao maestro que sobrevive dentro de nossa seleção... Qual é a cor de nossos cânticos, as tonalidades de nosso Jazz que tipo de música cala fundo dentro de nosso estado de “alma” momentâneo?

Posso afirmar que a música “Sempre no meu coração”, me fez refletir sobre os porquês da vida, tanto que serviu de inspiração para essa crônica.

“E ao ouvir esta canção, sei que de mim te lembrarás”

7 = 7

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