segunda-feira, 2 de novembro de 2009

COLORINDO NOSSAS VIDAS

COLORINDO NOSSAS VIDAS

Pilar Casagrande

“Não chores meu filho. A vida é luta renhida, viver é lutar”, assim cantava o poeta.

A vida é difícil. É mesmo, um combate que nós somos forçados a enfrentar no afã de defender o pão nosso de cada dia. E, como nos custa caro esse pão que afinal de contas só é de fato nosso, depois de o adquirirmos com as gotas brilhantes de suor que nos são arrancadas nas duras pelejas do labor cotidiano. É necessário que o homem renove, continuamente, suas reservas de energia para que possa enfrentar e vencer os sofrimentos que se lhe vão apresentando nas esquinas sinuosas da vida.

Essa antiga porfia tem uma bandeira de três matizes que se confundem no rubro sangüíneo de um combate vão. Se as cores são tristes, resta-nos o consolo de lutar em colorido!

O amarelo-ouro distingue o rico, a quem os sorrisos e elogios cobrem o manto da falsidade. Ele segue pela vida sem querer entender que o seu sucesso financeiro jamais poderá representar, por si só, sua vitória pessoal.

O prateado estigmatiza o homem remediado, sofredor renitente que busca, infrutiferamente, coisas que se situam muito além de seu alcance. Nessa procura, sua vida torna-se fria e frustrada.

O pobre, coitado tem a cor violácea da tristeza. Em sua casa a desarmonia instalou-se agoureira, pois, “em casa onde não tem pão, todos gritam e ninguém tem razão”. Seu sorriso, transferiu-se há longo tempo, para os rostos rechonchudos de seus credores, que só faltam tirar-lhe a vida, o resto já tiraram!

Porém, para nossa felicidade, para a felicidade desta que aqui escreve, existe e existirá sempre uma outra cor que nos dá, hoje e sempre um sufixo alegre: o verde da esperança!

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