sábado, 14 de novembro de 2009

NÃO SOU CONTRA DEFENDER A VIDA FINANCEIRA ATRAVÉS DAS ARTES

NÃO SOU CONTRA DEFENDER A VIDA FINANCEIRA ATRAVÉS DAS ARTES

Pilar Casagrande

Uma pessoa pode até ser autodidata, mas que tal querer e oferecer qualidade? Que tal antes de passar a novidade adiante dos conceitos decorados ou limitados: estudar, pesquisar, organizar, praticar, para verificar o caminho verdadeiro?

A desatenção, a falta de conhecimento e a soberba são grandes empecilhos para o avanço do conhecimento e do crescimento pessoal.

O erro mais danoso é a soberba, quando o indivíduo acredita que sabe tudo. Isso é uma auto-enganação que traz muito prejuízo para uma equipe na forma de centralização de conhecimento nas mãos de poucos e na falta de acesso ao conhecimento por parte daqueles que são considerados ignorantes (inferiores).

O destino pode se tornar um dragão feroz ou na melhor das hipóteses, feio e cruel perante os castelos de fantasias e sonhos dourados de uma situação. Quando nos sentimos afrontados pelo destino, com perdas e complicações, nosso medo aflora e perdemos contato com a realidade. Não somos capazes de enfrentar o problema porque o confronto entre o que nós queremos e o que o destino quer são diferentes; então, recuamos.

Confesso que hoje prefiro algumas coisas menos supostamente geniais, mas bem realizadas, do que certas pretensões de genialidade, que não passam de pretensões, superdimensionadas pelo complicado campo da arte, que muitas vezes não passa de enrolação que nos faz perder tempo. E não estou falando de construções iniciais não: estou falando de inconsistências mesmo, que somente se legitimam pelos movimentos internos da arte, não nos fazendo refletir sobre nada. Nem tampouco, o que é mais grave, nos dando qualquer forma de prazer.

Em qualquer âmbito profissional, é fácil ver como há pessoas que sobressaem pela sua perseverança e dedicação ao trabalho, e isso faz com que superem outros colegas que possuem uma capacidade intelectual bastante mais elevada. E geralmente essas pessoas têm consciência da capacidade que tem, e por esse motivo são mais humildes, ficam felizes com o próprio êxito e não precisam usar de artigos de jornais para alardear seus louros.

Quase todas as pessoas desejariam chegar a uma situação profissional mais elevada, e a maioria delas tem talento pessoal que sobra para o conseguir. Por que é que uns conseguem transformar esse desejo numa motivação diária que os faz vencer a inércia da vida, e outros, pelo contrário, não?

Para ser capaz de superar as dificuldades e os cansaços próprios da vida, é preciso ver cada meta como algo de grande e positivo que podemos e devemos conseguir. Por isso, nas pessoas motivadas sempre há "alguma coisa" que lhes permite obter satisfação onde os outros não a encontram; ou alguma coisa que lhes permite adiar essa satisfação (a maioria das vezes a motivação implica um adiamento, pois supõe sacrificar-se agora com o fim de conseguir mais tarde algo que consideramos mais valioso).

Parece claro que nas pessoas motivadas há toda uma série de sentimentos e fatores emocionais que reforçam o seu entusiasmo e a sua persistência perante os contratempos normais da vida. Mas sabemos também que os sentimentos nem sempre se podem produzir direta e livremente. A alegria e a tristeza não se podem motivar da mesma maneira que fazemos um ato de vontade. São sentimentos que não podemos governar como governamos, por exemplo, os movimentos dos braços.

Podemos influenciar a alegria ou a tristeza, mas apenas de maneira indireta, preparando-lhes o terreno no nosso interior, estimulando ou repelindo as respostas afetivas que vão surgindo espontaneamente no nosso coração. Viver e conviver são as maiores artes!

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